“… Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou. Meu avesso é mais visível do que um poste. Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas quando não desejo contar nada, faço poesia. As palavras me escondem sem cuidado. Aonde eu não estou as palavras me acham. Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas. Uma palavra abriu o roupão para mim. Ela deseja que eu a seja. A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos…”
(Manoel de Barros, Livro sobe o Nada).
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A psicanálise é este fenômeno de “desarrumar a linguagem” que opera entre a fala – que ocorre por meio de associação livre (o que vem a cabeça, sem censuras, julgamentos ou amarras) – e a escuta interpretativa do psicanalista. Ela é o entre, o espaço vazio que permite o novo, o buraco que acolhe a semente.
Assim, a psicanálise pode ser pensada como uma travessia por meio da linguagem na qual traumas, anseios, angústias e outros fenômenos tomam forma pela via da palavra. Com isso permite afrouxar as amarras, a aderência da cicatriz na pele e construir outros caminhos para o sintoma. A consequência é tornar-se sujeito da própria história. Desvelar é revelar, re-ver, é fazer “lar”. A palavra é isca. Se ela pode ferir, ela pode curar.
Diferentes abordagens metodológicas para pensar, discutir e qualificar grupos e/ou instituições. Temas: Ética, Bioética, Amor, Perdão, Liberdade, Conflitos e violência, Gênero, Autodeterminação e Autonomia, Discriminação e Racismo.
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Curadoria é uma forma de cuidado. De zelar e de tratar a criação humana na sua expressão artística:fotografia, literatura, cinema, teatro, dança…
Ao curador cabe a comum-ação, a comunicação, as pontes, a narrativa visual e escrita. No final dos anos 90, quando conclui uma pesquisa de iniciação científica na faculdade de direito sobre o sistema prisional feminino, a forma de comunicar os resultado se deu, além da via cientifica, também por meio da arte com uma exposição fotográfica. Ali estava o germe deste trabalho de curadoria. Recentemente um curso em arte contemporânea na universidade de Bolzano e o consequente estudo na Bienal de Veneza de 2019 me permitiram importantes aprimoramentos técnicos.
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Podemos mudar nossa própria historia? Uma mulher marcada pelo abuso e o abandono na infância revive na memória seus momentos-chave: a relação com o pai, a partida da mãe, seus principais parceiros sexuais, a ascensão profissional – sempre se mantendo “a salvo” e escondida sob a máscara de uma caçadora experiente. Até que um encontro, nascido em meio à pandemia, desarma-a e a leva a sentir e expressar sensações até então desconhecidas. Entre diálogos com deus e com a memória da avó, e diante do vazio que a consome, ela arrisca elaborar uma outra biografia para si mesma. Mas ninguém sai ileso de uma caçada.
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Numa vila de palafitas um inusitado encontro de duas criaturas singulares provoca a resistência dos poderes constituídos. Os desencaixados não têm direito ao amor, não têm sequer o direito de existir. O prefeito, o juiz e o padre detêm as verdades e nelas não se enquadra o casamento do três cabeças com a mulher sem tetas. Mas o amor cria caminhos e uma mãe inventada há de insurgir-se e pôr um ponto inicial nessa história.
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Um caracol desbrava a floresta, seus perigos e belezas, em busca de um lugar para morar. Nessa aventura ele entenderá que as coisas incríveis só são incríveis quando descobertas.
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Algumas marcas nos chancelam, outras nos definem.
Poucas nos libertam.
Marca é carimbo. É o ka’rimbu, do quimbundo, língua africana falada do nordeste de Angola. Kirimbu é nascente e algumas marcas nos nascem. Quem é meu dono?
O povo marcado nos deu a palavra que marca, qual palavra damos nós as nossas marcas herdadas, as marcas eleitas, as marcas negadas?
Este livro em contos conta, através de personagens e histórias fantásticas, algo deste realismo cotidiano que chamamos, ingenuamente, de vida real. São contos sobre diferentes momentos dessa vida, as vezes alheia, vivida por nós. Este livro é um convite e uma confissão, umas acima de tudo, é uma prece.
Ka’rimbu ka pref. de dim. + rimbu ‘marca
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Reunião de quatro narrativas curtas ambientadas no período de isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19.
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Somos Instantes (2018) é um livro de poesias que explora o amor como uma tormenta. Como livro objeto ele convida a rasgar a capa para desvelar o titulo. Tal qual as tormentas, que não são nem boas nem mas, o amor é um fenômeno sem moralidade. Dedicado aos amores sem forma, sem destino e sem tempo o livro está dividido em três partes: Cumulo [nimbus], Tempo [real] e Calma[ria], ou, dito de outra forma: caos, harmonia e risos. Para adquirir o livro acesso o link:
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Há várias formas de dizer o que é o amor. E em todas elas é possível identificar que o amor é tanto uma força cósmica de aproximação, quanto uma capacidade humana. Tal qual um prisma, ou uma pintura que faz uso da técnica do velado para as cores, os vocábulos que falam de amor são tons que pertencem a uma mesma luz. Cada um tem uma força específica e a força de uma relação. E, ainda nessa lógica, eles podem ser pensados a partir de diferentes perspectivas morais ou culturais. Ao fim e ao cabo, falar de amor é falar de si, desse ser que observa e experimenta o mundo e o mundo a ele. É pensar por outro caminho, ou pelo caminho possível, a velha máxima do “conhece-te a ti mesmo”. Principalmente quando percebemos que somos um constante processo de expiração e inspiração entre e durante as nossas experiências. O amor, assim, seria um sintoma do nosso autoconhecimento, a expressão mais linda de como vivemos quando cheios de nós mesmos. Se nos desabrochamos para o amor permitiremos a ação livre e, enfim, a liberdade (…). Para adquirir o livro “Sobre o amor e seus tons” acesse:
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Nesta publicação o amor surge em poesias a partir de cada um dos discursos do Banquete. Para isso, a autora dialoga com Platão através de Fedro, Pausanias, Eriximacos, Aristófanes, Agatão, Sócrates e Diotima. E conversa com os poetas de hoje. Cada um dos atos, materializados em textos poéticos, nasce de um dos discursos, feitos de forma breve e fruto do nosso tempo e das próprias experiências da autora.
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Através de textos curtos e de uma linguagem coloquial a autora aborda temas complexos e delicados que envolvem conflitos morais, ética, bioética e justiça.
Esta obra organizada por Samantha Buglione e Miriam Ventura e com artigos de diferentes pesquisadores buscou provocar uma reflexão sobre temas nevrálgicos de conceitos como igualdade, justiça e ética e a relação destes com o papel do Estado nas garantias individuais e coletivas.
O livro de autoria de Samantha Buglione, Roger Raupp Rios e Débora Diniz aborda um tema importante e até então não discutido no Brasil: a tensão entre a liberdade de cátedra e a autonomia das universidades confessionais.
De autoria conjunta, este livro organizado por Samantha Buglione traz diferentes pesquisas e estudos envolvendo direitos sexuais e reprodutivos, sendo uma das primeiras publicações do tipo no Direito.
Este livro foi resultado da parceria de duas ONG: Anis e Themis e teve como objetivo incentivar e difundir análises críticas sobre temas relacionados à ética e à justiça, reafirmando a importância da perspectiva dos estudos de gênero. A publicação foi resultado de um seminário com o mesmo nome realizado em Brasília e tem como organizadoras Samantha Buglione e Débora Diniz. ESGOTADO
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