O mal é uma chance. Tal como o sintoma de uma doença que nos desperta para uma desarmonia no corpo, o mal nos acorda para a percepção de uma ausência, de uma humanidade que se perdeu ou não se realizou. O mal pode ser pensado como o espaço vazio deixado pelo “não ser humano”, ou como a nossa desatenção ou dormência. Devendo, portanto, ser integrado e amado. Goethe traz o mal sem definições ontológicas ou éticas. O mal, portanto, só é possível de ser pensado em uma relação. Tal como o espectro das cores, o mal e o bem podem ou ser vistos como opostos ou como complementos. Nas cores não há moralidade, apenas equilíbrio, apenas frio e calor. O excesso de um extingue o outro. Entender o mal é entender a nós mesmos e a magnífica sombra que denuncia a existência da luz.
Objetivo: Pensar o mal, seu sentido, natureza e potência.
Metodologia: Uso da literatura, especialmente Fausto de Goethe; da ciência, no estudo sobre as cores; e da filosofia.